Crítica dos filmes que assistimos no decorrer do ano, sejam eles inéditos [para nós], ou não!







sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

• Encontros e Desencontros [Lost in Translation] - [Comédia; Drama] 2003 | 9/10

Por Ericson

Tendo Bill Murray, Scarlett Johansson e a filha de Francis Ford Coppola na direção, me desculpe, mas não tem como não se interessar! [E quando um filme começa com um close na bunda de Scarlett Johansson, uma coisa é fato, o filme NÃO TEM como ser ruim! hehe]


"Encontros e Desencontros" é o segundo filme de Sofia Coppola, e é admirável a maneira como ela realiza esta obra com tão pouca experiência, vai ver está no sangue da família. Ouvi tanto e tão bem do filme que tive que assistir para tirar minha conclusão, ou seja, o monstro da expectativa foi criado. Mas devo dizer que não fiquei decepcionado.


Acredito que não se tornará um dos meus filmes favoritos, mas sem dúvida é um dos mais interessantes que eu já assisti, principalmente pela sutileza e honestidade do roteiro. Não há nada de fantasioso, apenas a história de duas pessoas que se encontram por acaso em um país e numa situação totalmente adversa, e justamente por isso surge uma empatia sincera entre os dois. E pra mim, o valor do filme é justamente para quem conseguir enxergar a beleza nisso.


Portanto, "Encontros e Desencontros" é válido por sua originalidade.


• Adventureland [Férias Frustradas de Verão] - [Comédia; Drama; Romance] 2009 | 8/10

Por Ericson

Um título nacional infeliz, que assim como o seu trailer, me enganou.


"Adventureland" foi vendido como um filme de comédia a lá "SuperBad", provavelmente por ter o mesmo diretor e por questão de marketing, para atraír mais público. Porém isso apenas prejudicou o filme, pois se fosse vendido pelo que realmente é: uma dramédia madura, apesar de se tratar de jovens, acredito seria mais reconhecido e até talvez, mais valorizado.


O filme conta a história de James Brennan [Jesse Eisenberg] acaba de se formar na faculdade e está se preparando para suas tão sonhadas férias pela Europa. Mas, seus pais lhe reservam uma desagradável surpresa e, ao invés de arrumar as malas, ele terá que arrumar um emprego.E assim, entre tantas tentativas em arrumar um emprego, ele se prepara para passar as férias de verão no único lugar onde foi aceito: num parque de diversão. Sem a menor expectativa, ele começa, sem perceber, que ali ele está amadurecendo e crescendo como homem.


A atuação de Jesse Eisenberg segura todo o filme, a de Kristen Stewart não decepciona e o resto do elenco serve como uma excelente escada para os protagonistas. O filme não tem nenhuma cena memorável, mas muitas sutis e honestas. E acredito que isso só foi possivel pela história se passar em 1987, uma outra época, uma época talvez, mais "inocente".



Identificação é uma coisa que prezo muito em um filme, e o que mais me surpreendeu em "Adventureland" foi o fato de eu ter me identificado mais com as situações do que com algum personagem especifico, o que torna o filme ainda mais verdadeiro, para mim. Sendo assim, recomendável.




PS: A trilha sonora é simplesmente nostalgica, passando de The Cure, David Bowie á INXS.

• Scott Pilgrim contra o mundo [Scott Pilgrim vs the wolrd] - [Comédia;Romance] 2010| 9,5/10

Por Ericson

Um suspiro que o cinema estava precisando há tempos.


Baseado na HQ criada por Bryan Lee O'Malley, com o nome original "Scott Pilgrim vs the world", com o primeiro de seis volumes, lançado em 2004 e o último em 2010, juntamente com o lançamento do filme. A direção da adaptação ficou a cargo de Edgar Wright, elogiado pelo seu trabalho em Chumbo Grosso [Hot Fuzz] e Todo Mundo Quase Morto [Shaun of the Dead].


Scott Pilgrim é um jovem de 22 anos, que começa a ter um relacionamento com uma colegial. Apesar de ser um "namoro" inocente, isso chama atenção de seus amigos, sobretudo porque ele ainda não superou sua ex. Mas eis que surge Ramona Flowers, uma bela jovem que vive em seus sonhos e mudará sua vida de um jeito no qual ele nunca imaginou.


Eu infelizmente não tive a oportunidade de ler a HQ, [ainda], porém isso me mostrou um outro lado positivo do filme: ele funciona de maneira independente e ainda te faz ter vontade de ir atrás dos quadrinhos. Apesar de não ter sido um sucesso no quesito bilheteria, o filme funcionou perfeitamente para o seu nixo: os nerds. Estes, que são muito dificil de agradar quando se trata de adaptação, mas que aceitaram e compreenderam as mudanças feitas para o cinema.


Assim como a HQ, o filme tem influências e referências claras ao mundo nerd, como games, quadrinhos, mangás e música. Isso tudo misturado e realizado, resultou numa das melhores edições que eu já vi em um filme. A montagem e inserções de sons, situações e o clima criado no decorrer da trama, simplesmente cativa. Os personagens são carismáticos e facilmente identificáveis.


"Scott Pilgrim contra o mundo" é o típico filme que se você quiser assistir só para se entreter, conseguirá, e se quiser tirar uma mensagem ou uma lição,também. Enfim, o filme é agil, bem realizado, tem uma trilha sonora sensacional e o principal: esbanja carisma. Recomendo!




PS:
É necessário ter um humor mais "jovem" [#TiozãoFeelings] para aproveitar melhor o filme.

PS²: Ramona Flowers

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

• Harry Potter e as Reliquias da morte Parte 1 [Harry Potter and the Deathly Hallows - Part 1] - [Drama; Fantasia;Suspense] 2010 | 7,5/10

Por Ericson

Importante: A crítica baseia-se apenas na obra cinematográfica.


Este é, literalmente, uma sequência de "Harry Potter e o Enigma do Pricipe". O filme se passa ao término do mesmo, ou seja, se você não assistiu, suas chances de entender o filme por completo são baixas [eu que assisti, a um certo tempo, mas assisti, tive dificuldades para compreender algumas referências ou ligações diretas com este e aos outros filmes]. Justamente por ser uma sequência direta, o que mais me incomodou em "Harry Potter e as Reliquias da morte Parte 1", foi o fato da história não ter se desenvolvido o bastante em todas as suas quase 2horas e meia de filme, manteve-se com basicamente com o mesmo clima, apenas com mais alguns conflitos [que poderiam ser melhor explorado, mas até aí tudo bem].


Sempre achei a idéia do amadurecimento da franquia juntamente com seu público excelente, porém com este filme em especial, notei a falta de uma coisa que é basicamente a essência de HP: a magia. É interessante desenvolver a humanidade, os conflitos psicológicos e emocionais dos personagens [pra falar a verdade é uma das coisas que eu mais gosto], mas seria melhor fazer isso sem esquecer o mundo da magia em si. O filme chega a um clima que remete tanto a repressão [e depressão por que não?], que estava esperando tocar "Another Brick in the Wall" do Pink Floyd a qualquer momento [isso é bom, pra quem não conseguiu entender].


É difícil julgar "Harry Potter e as Relíquias da morte Parte 1", pois ele é apenas o meio de um trilogia que encerra a franquia, iniciada por David Yates, que veio decaindo um pouco na sua direção desde o filme anterior, sendo salvo pela belíssima fotografia de Eduardo Serra. Técnicamente, o filme não peca em nada. Vale resaltar que este é o primeiro longa que não utiliza a música tema/base criada pelo mestre John Willians [se você não o conhece, shame on you! Veja o currículo do moço], e fiquei meio receoso por isso, mas devo dizer que Alexandre Desplat conseguiu manter o nível, e isso não é para qualquer um!



Enfim, "Harry Potter e as Relíquias da morte Parte 1" é um filme que apenas fã e afins irão se interessar e provavelmente gostar, já que dizem que este é o filme mais fiel a obra literária até então. Se você gosta/se interessa por HP, vale a pena.




PS: A animação que ocorre durante o filme para contar a história da origem das "Relíquias da morte" tira um pouco da imersão do filme, porém é muito válida, pois não há como negar, ela está muito bem realizada.

sábado, 13 de novembro de 2010

This is Life! [We All Want to Be Young]


Não encontrei outro lugar para espalhar este que pra mim é um dos melhores videos que eu já vi:



(via box1824 on Vimeo)

It's just the Beginning!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

• Hellboy II - O Exército Dourado [Hellboy II - The Golden Army] - 2008 | 6,5/10

Por Ericson

Eu não consigo não gostar do[s] filme[s] do Hellboy!



Estou longe de ser um conhecedor assíduo das HQs de Hellboy [pra quem não sabe, o personagem é baseado nas histórias em quadrinhos criada por Mike Mignola], mas tenho uma certa noção de como elas são, e posso dizer, apesar dos pesares, ela foi bem adaptada.



Acredito que para quem é realmente fã do personagem, não deve ter gostado muito. Uma das maiores reclamações foi justamente a diferença da atmosfera entre as mídias, a adaptação ficou com um tom mais colorido, ou seja, "alegre", indo um pouco de contra á HQ, que tem um tom mais dark.


Sem dúvida o que mais chama atenção em "Hellboy II" é a fotografia e os efeitos visuais/especiais, pra mim, um dos filmes mais bonitos [visualmente falando] que eu já vi. E convenhamos, se o visual, por melhor que seja e tal, é o fator que mais chama atenção em um filme, alguma coisa está errada. E aí é que está o problema.



O plot do filme é muito interessante, o roteiro não chega a ser ruim, porém é muito simples, e em alguns momentos chega até ser, bobo. Ter sido um filme "mais leve" não chega a ser um erro, mas prejudicou algo que poderia ser muito maior e melhor.



Mesmo com suas falhas, "Hellboy II - o exército dourado" tem seus momentos, sendo assim, válido.



PS: E cena da batalha com a planta gigante na cidade, resulta numa das mortes mais poéticas que eu já vi!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

• Gente Grande [Grown Ups] - [Comédia] 2010 | 6,5/10

Por Ericson

Desde o trailer mostrou que teria apenas o compromisso de entreter e divertir, e cumpriu bem.



Para quem conhece Adan Sandler, tem uma ligeira idéia do que esperar de "Gente Grande", ainda mais quando a direção é a mesma de "O Paizão", onde a trama é bem light e divertida, um bom exemplo de uma Sessão da Tarde de alguns anos atrás.


O filme conta a história entre 5 amigos [Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, Rob Schneider e David Spade] que se encontram no velório de seu antigo treinador da época do colégio, acompanhados de seus familiares, resolvem passar um final de semana juntos, relembrando os velhos tempos e se metendo em altas confusões [olha a Sessão da Tarde aí!]


Foi muito esperto da parte de Sandler, que escreveu o roteiro, não tentar se aprofundar nos personagens, pois não haveria tempo, afinal, são cinco protagonistas. Então focaram na amizade do grupo em si. E todos os atores parecem estar bem soltos, deixando o filme muito agradável.

Assista-o apenas com o propósito de se divertir e entreter que você não sairá decepcionado. O filme ainda tenta passar algumas mensagens, mas nada que tire o foco, veja-os apenas como um bônus. E é isso aí.



PS: Para minha felicidade [e como esperado em qualquer filme de Adan Sandler] Steve Buscemi aparece no filme :D

sábado, 30 de outubro de 2010

• Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro [Policial] 2010 | 9,5/10

Por Ericson

Sem dúvida, um dos melhores filmes dos últimos anos! Independente de sua nacionalidade!



"Tropa de Elite 2" é, literalmente, uma evolução de seu antecessor com um quê hollywoodiano. O filme cresceu tecnicamente de tal maneira, que até assusta [a cena do helicóptero sobrevoando a quadra de futebol é sensacional].


Mas não fica apenas nisso, o elenco brilha novamente e com mais carga do que antes. André Ramiro [o Matias] mostra que não é nenhum Antônio Fagundes, mas que está bem mais preparado do que no primeiro filme; Milhen Cortaz [Cap. Fábio] volta como o "alivio" cômico" e com mais bordões sensacionais, como por exemplo: "Se quer me foder, então me beija!" ou "Tá de Pombagirice!?"; Sandro Rocha [Russo] veio de coadjuvante do coadjuvante para estrelar na sequência, se impondo á altura de quem fosse necessário para dar veracidade ao personagem, e conseguiu, e é claro, Wagner Moura, agora como Coronel Nascimento e protagonista de fato da trama, mostra por que é considerado um dos melhores atores do país. Note a diferença [principalmente física] do personagem Nascimento do primeiro para o segundo filme, antes todo imponente e de cabeça erguida, agora, 15 anos depois, visto que seus planos não deram certo e totalmente descrente com relação ao sistema, o quão depressivo e cansado se tornou. Transição que não é qualquer ator que consegue transmitir, aqui feito com maestria.


O que mais me agradou é que dessa vez o foco está de fato na história, se for necessário personagem morrer para contá-la de maneira crivel, acontecerá. Algumas pessoas estão reclamando que faltou o "impacto" do primeiro filme, mais cenas de ação propriamente dita, eu sinceramente acho que foi tudo muito bem planejado, tanto que se não fosse por isso, cenas como uma que chamarei de "momento de fúria de Chuck Norris quando retorna das cinzas como uma Fênix" [quem assistir/assistiu entenderá, eu acho], não seria tão ovacionada por todos no cinema durante a sessão, ela seria apenas mais uma.


Um filme bom não é necessariamente aquele que possui uma direção fenomenal, um elenco exemplar, edição ou fotografia escalafobéticas, mas sim, aquele que de algum modo te acrescente, te faça sentir algo ou transmita alguma mensagem. E "Tropa de Elite 2" tem tudo isso, basta fazer a sua escolha. Sim, você provavelmente sairá do cinema se sentindo um merda, mas será necessário para ter algum tipo de reflexão. De qualquer forma, obrigado José Padilha.



PS: Respondendo a pergunta feita por Nascimento próximo ao final do filme: eu, você e todos nós!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

• As Melhores Coisas do Mundo [Drama] 2010 | 7,5/10

Por Ericson


Tudo que a "Malhação" tentou ser e não conseguiu.


Indo contra ao cenário rotulado do cinema nacional [os famosos filmes que mostra a vida na favela ou de nordestinos metidos a engraçaralho], "As Melhores Coisas do Mundo" traz um cinema novo, para um público mais jovem, mas com conteúdo que agrada qualquer idade, sem medo de mostrar ou dizer as coisas.


O filme conta a história do adolescente Mano [Francisco Miguez], de sua família e amigos.
Retratando uma visão atual e até corajosa, de certa maneira [afinal, o politicamente correto está matando o mundo], tratando de assuntos como: a relação de aluno com professor, virgindade e homossexualismo. Mas tudo isso de maneira leve e natural, nada agressivo ou jogado na sua cara.


Demorei um pouco para me acostumar com o elenco e seus respectivos personagens, porém
foi momentâneo, quando menos percebi já estava acreditando naquela história, tanto que é possível a identificação com alguns deles e algumas situações.


O roteiro não é nada de excepcional, mas é honesto e tem seus momentos [a trilha sonora
ajuda bastante também]. Portanto, "As Melhores Coisas do Mundo" é recomendável!



PS: A princípio o Fiuk é um pouco incômodo, por que muitas vezes dá a impressão que sua imagem sobrepõe o personagem, mas se você souber encarar o filme da maneira correta e seguir seu ritmo, nada mais atrapalha.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

• Os Mercenários [The Expendables] - [Ação] 2010 | 7/10

Por Ericson
Os anos 80 voltaram!


Por mais que eu não tenha vivido de fato na década oitentista, eu peguei muitos resquícios dela, aprendendo a respeitá-la e adorá-la. E “Os Mercenários” nada mais é do que uma "homenagem" á este estilo de cinema que estava enterrado a muito tempo.Tão enterrado quanto as carreiras de seus protagonistas [pelo menos assim considerado pela maioria].


Como é dito no próprio filme "O que não te mata, te fortalece", e como ainda estão vivos [aparentemente, hehe], não há ninguém melhor do que eles para fazer este tipo de filme. O maior exemplo disso é nada mais do que o próprio Sly, com sua volta com "Rocky Balboa" e "Rambo IV".



O filme transborda clichês, desde frases feitas á mocinha para ser resgatada, a diferença é que Sly sabe como fazer isso, afinal, ele roteirizou, dirigiu e estrelou o filme. O elenco todo não foi escolhido atoa, porém achei que tinha muita gente, o que deu a impressão que teve alguns personagens muito legais "desperdiçados". Agora, a cena que todos esperavam, onde Sly, Schwarzenegger e Bruce Willis se encontram, é o momento no qual você mais está com um sorriso de orelha a orelha sem perceber, simplesmente sensacional! O melhor comentário que eu ouvi sobre essa cena foi: "É impossível estes caras se encontrarem no mesmo lugar e a rotação da terra continuar a mesma!"


Enfim, eu não saí decepcionado do cinema. O filme te dá o que ele promete [com um bônus ou outro, pra quem é saudosista]: típico filme que sua namorada vai odiar. Simples assim. Tudo o que eu posso dizer é: The Boys are Back in Town!




PS: Latrell Rules! Hahaha

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

• A Origem [Inception] - [Ficção Científica] 2010 | 8,5/10

Por Ericson

Basta ser mais elaborado, que dá nisso.


Vindo de um dos melhores filmes dos últimos anos, "O Cavaleiro das Trevas", o diretor Christopher Nolan traz até nós "A Origem", projeto que tinha em mente a um bom tempo e só agora conseguiu realizá-lo. E como de costume em seus filmes autorais, o filme baseia-se na mente humana e suas complexidades [ou não].


Notei que na opinião geral o filme não teve muito meio termo, amaram ou odiaram, os que amaram dizem ser uma renovação para o cinema pela sua inteligência, os que odiaram não possuem muitos argumentos, apenas justificam dizendo que não há motivos para todo este hype em cima do filme. Sinceramente não entendo o por que, de nenhum dos dois.


Estamos tão acostumados a filmes mastigados e sem necessidade de algum raciocínio, que quando surge algo que aparentemente foi feito com mais zelo e um pouco mais de profundidade, por que não, ele acaba sendo exaltado, naturalmente. O problema está na maneira na qual isto é feita.


Sim, o filme é muito bom, desde a idéia inicial á sua realização, mas por que foi trabalhado para isso e não apenas "cagado" na sua cabeça pra arrecadar mais bilheteria. O maior mérito do filme em si foi ter saído da cabeça de Nolan, que hoje em dia é um dos raros diretores que conseguem mesclar o cinema autoral com o cinema blockbuster. A plot do filme não é nada original, já foi utilizada em diversos filmes, inclusive na animação japonesa Paprika, porém o que o diferencia, é a maneira na qual é realizada [a cena da briga no hotel é sensacional], deixando-o "novo".


Muitos têm reclamado das cenas de ação, que estão muito "James Bond", SPOILER - entenda uma coisa: é tudo um "sonho"! Se você notar, em cada camada um componente da equipe é um "herói", assim como o químico Yusuf [Dileep Rao] na 1ª camada ao conseguir jogar o carro da ponte no bom estilo suspense, Arthur [Joseph Gordon-Levitt] na 2ª camada se safar dos seguranças sem gravidade e explodir o elevador, como um bom sci-fi e Eames [Tom Hardy] na 3ª, derrotando todos os seguranças do forte na neve, como um verdadeiro filme de ação. Ali, nada é impossivel.


Com relação ao elenco, acredito que não seja necessário dizer que Leonardo DiCaprio se mostra um grande ator, pois já mostrou isso em filmes como "Diamante de Sangue" e "Os Infiltrados", Joseph Gordon-Levitt [500 dias com ela] se mostra um excelente sidekick para o personagem de DiCaprio, Ellen Page [Juno] faz bem sua personagem, porém um pouco sem sal, mas nada que atrapalhe, temos também o desconhecido -para mim pelo menos- Tom Hardy, que carrega todo um carisma e charme em seu personagem, e finalmente Ken Watanabe [O Último Samurai], Cillian Murphy [Batman Begins] e Marion Cotillard [Inimigos Públicos] que se portam na medida perfeita na qual seus personagens foram criados.


Com tudo isso, acho que não tenho muito do que reclamar de "A Origem", muito pelo contrário, agradecer por ter revivido a discussão, o debate após o filme, seja para falar bem ou mal, falar das teorias malucas ou observações interessantes. Vale a pena!