• Distrito 9 [District 9] - [Ação; Drama] 2009 | 8,5/10

Por Ericson e Tata Santiago

O filme começa como um documentário -muito bem realizado- , o que pode ser um pouco cansativo, ainda mais por ser um pouco extenso nessa parte, porém é muito útil e válido para apresentar a atmosfera no qual o filme se passa e retrata, e tambem com o decorrer da trama você logo esquece isso, pois a expectativa e ansiedade para próxima cena toma conta.


O visual construido pelos efeitos especiais te faz crer que tudo aquilo pode ser real, principalmente uma nave de tamanho descomunal pairando sob sua cabeça, que te conquista na primeira cena, o que já vale o ingresso. Isso tudo graças á competência do desconhecido diretor Neil Blomkamp e á Peter Jackson [trilogia Senhor dos Anéis], que produziu e auxiliou na direção do filme.


Com um plot meio batido, o filme surpreende por mostrar não ser "mais um filme de E.T" no qual somos invadidos, aterrorizados, obrigados a combater e blá blá blá. Toda estética alienigena não passa de uma desculpa para fazer uma critica social referente ao apartheid e a qualquer tipo de preconceito racial, mostrando o quão escroto o homem pode ser, seja com sua raça ou não.


O filme peca justamente por uma de suas maiores qualidades: a ação. Pois a temática inicial é meio que ignorada para poder dar sequência e ritmo ao filme, o que o fez ser um pouco hollywoodiano demais em certos momentos, porém, como já dito, a ação é uma das maiores qualidades do filme, fazendo um ótimo contraste com todo o drama.


De inicio o filme pode não agradar á todos, pelo seu estilo e por conter um tema teoricamente bem conhecido e explorado. Porém, independentemente disso o mesmo não deixa de ser excelente e certamente recomendado.

• Bastardos Inglórios [Inglourious Basterds] - [Ação; Comédia; Guerra] 2009 | 10/10

Por Ericson

Vou começar dizendo o inevitável: "Bastardos Inglórios" - com o perdão da palavra - É DO CARALHO! Poderia muito bem parar por aqui mas, vamos lá...


Não assisti á todas às obras de Quentin Tarantino [ainda], mas posso afirmar sem medo que este é um dos, quiçá "o" melhor filme de sua carreira até o momento. Neste ele simplesmente põem em pratica tudo o que aprendeu assistindo aos milhares de filmes na locadora na qual trabalhou e aperfeiçoou o que desenvolveu com os anos em seus filmes.


"Bastardos Inglórios" tem tudo o que o caracteriza e de maneira primorosa: Violência, roteiro genial, violência, fotografia sublime, violência, trilha sonora fantástica,violência, pouco caso com "certo e errado" [o bom e velho 'Foda-se' :D] e o principal [não, não é violência] : Personagens memoráveis!


O que são aqueles personagens!? Melhor, o que é a interpretação dos atores para tornar real tais personagens!? Como por exemplo Melanie Laurent, não tão conhecida, mas que possui um enorme talento, e o célebre Brad Bitt, como Tenente Aldo Raine, que é um dos personagens mais carismáticos e caricatos e Tarantino.


Mas o maior destaque sem dúvida é o "vilão" ["aspas" por que vilões em filmes "Tarantinescos" são relativos, pois há de fato pessoas más, e acredite, quando são, são mesmo, mas não há um mocinho propriamente dito], Coronel Hans Landa, vulgo caçador de judeus. Ele é simplesmente o melhor personagem já criado por Tarantino, e com certeza terá seu marco no cinema. Interpretado de maneira esplêndida pelo desconhecido Christoph Waltz, que trouxe muito do teatro para a caracterização de seu personagem, e acaba roubando toda cena em que aparece, seja falando [todos os quatros, isso mesmo, quatro idiomas no decorrer de toda trama] ou simplesmente em seu trejeito.


Falando agora um pouco de fato do filme: Após o capitulo 1 [o filme é dividido em 5], você fica tão pasmo com a beleza desde o roteiro [o dialogo comparando o rato á um esquilo é excepcional.Tarantino puro!] á fotografia, que literalmente não sabe o que esperar em seguida ou se terá algo ainda melhor, sendo assim apresentado á "Bastardos Inglórios". Além de personagens carismáticos e interpretações dignas, a narrativa do filme aos poucos vai criando uma tensão que angustia até o desenrolar final da trama, o que te faz ficar muito bem preso na poltrona.


Faça um favor a si mesmo e assista-o com a mente aberta, querendo apenas aproveitar um excelente filme, e acredite, seu conceito de judeu mudará após o mesmo. Quem disse que este povo tão subjugado, maltratado ou vitimizado é fraco? Hoje, mais do que nunca, pode-se dizer que eles tiveram sua vingança, e ganharam mais respeito e temor, pelo menos no cinema.


"Bastardos Inglórios" é recomendação máxima!

• Construindo uma Carreira [Career Opportunities] - [Comédia] 1991 | 6/10

Por Ericson

Mais um clássico da Sessão da Tarde! Que como já disse várias vezes aqui que adoro :D

Porém, "Construindo uma Carreira" é o típico filme da regra dos 10 anos [que também é conhecida como "regra dos 15 anos", mas como ainda sou um pouco novo, fica como "10 anos" mesmo, hehe], aquela que quando mais novo você gosta do filme, mas quando vai assisti-lo mais velho não é a mesma coisa.


Mesmo tendo John Hughes [criador de nada mais nada menos do que os clássicos "Esqueceram de Mim" e "Curtindo a vida adoidado"] como roteirista e produtor, o filme não possui um grande roteiro nem nada do tipo, pra falar a verdade, um filme deste gênero não exige algo muito elaborado, a maior falha mesmo é a ausência de algo que sempre há nos filme de Hughes: o carisma de seus personagens.


"construindo uma Carreira" não é ruim, consegue entreter dependendo do seu humor, mas confesso que o filme era melhor na minha cabeça, quando havia apenas lembranças.


Enfim, valeu pela nostalgia.

• Lanterna Verde - Primeiro voo [ Green Lantern - First flight] - [Animação; Ação] 2009 | 8/10

Por Ericson

Os filmes de animação de super-heróis de um tempo pra cá vem sendo levado mais a sério e consequentemente melhor realizado [em especial os da DC Universe Animated, que pertence a Warner], vide " A Morte do Superman", "Mulher-Maravilha", entre outros.

"Lanterna Verde - primeiro voo" mostra de forma leve e sucinta, a origem do herói e também de seu antagonista, Sinestro, este que possui uma grande importância na trama, tanta que muitas vezes recebe mais destaque do que o próprio protagonista


Com uma animação bem realizada, agil e com um bom roteiro, o filme é um excelente opção para fãs de HQ's, animação e filmes de ação.

Recomendado.

• Ano Um [Year One] - [Comédia] 2009 | 6,5/10

Por Ericson

Pra mim este é o filme mais fraco que assisti até agora no qual Judd Apatow produziu. Não pela história em si, pois a idéia é bem interessante, mas pelo roteiro ser um tanto quanto "ralo". Mesmo as tiradas e cenas engraçadas - infelizmente - não chegam a salvar o filme.


Jack Black está simplesmente... Jack Black! Agora, se isso é bom ou ruim cabe á você e ao seu gosto, já Michael Cera mantém seu humor espirituoso e introvertido.


Apesar de tudo, "Ano Um" é uma boa opção para alugar quando for desprentesiosamente á locadora.

• Kill Bill vol.2 [ação] - 2004 | 9/10

Por Ericson

Como o próprio Tarantino disse, "Kill Bill vol.2" é outro filme, mesmo sendo literalmente, a mesma trama, apenas cortado por causa de sua longa duração, e então dividido em dois volumes. O filme foca na conclusão da história e origem da "Noiva" [Uma Thurman], mostrando aí a narrativa não-linear dita no vol.1, na qual o inicio e o fim é mostrando apenas na segunda parte.


Confesso ter gostado mais da primeira parte, porém, isso não é demérito da segunda, pois o vol.1 começa e termina com a adrenalina a mil, o que te faz criar certa expectativa para sua "sequência", esta que como já dito, focou mais na história propriamente dita, dando oportunidade de Tarantino mostrar sua principal faceta: os diálogos! Deixando a trama um pouco mais lenta, o que não significa que ficou chato ou arrastado, muito pelo contrário, pois os diálogos são excelentes.


Enfim, um complementa o outro de forma perfeita e atordoada, no bom estilo Tarantino. Recomendado!

• Kill Bill vol.1 [Ação] - 2003 | 9,5 /10

Por Ericson

Por que demorei tanto pra assistir a esse[s] filme[s] !?!?


A narrativa não-linear é uma marca do diretor e roteirista Quentin Tarantino, e este o fez muito bem em "Kill Bill", isso diferenciou ainda mais o filme que já não é nada tradicional [entenda“nada tradicional” como diferente da forma “ enlatada" dos filmes hollywoodianos],deixando-o mais agil e de forma que prenda que o assista.


"Kill Bill" é uma mistura de homenagens á vários filmes e ícones [cinematográfico, ou não], seja de forma sutil ou escancarada, como por exemplo o personagem Charlie Brown do desenho Snoopy, passando por filmes de Kung Fu da década de 60' e 70' e chegando ao mestre das artes marciais, Bruce Lee. Isso por incrível que pareça deu mais originalidade a obra.

O filme possui cenas memoráveis, como por exemplo a cena toda feita no formato de anime
[animação japonesa] e todas suas batalhas, sem exceção. Apesar de nunca ter prestado atenção em Uma Thurman, é visível sua entrega á personagem e interpretação, o que me fez perceber que ela pode ser muito mais [ainda bem] do que aquela "Hera Venenosa" mal
caractericazada/roteirizada/feita de "Batman & Robin" de 97'.

Outra vertente de Tarantino para a trama é que o que muitos consideram "tosco", "forçado" ou
"mal feito", vira arte em suas mãos. Afinal, em qual filme a frase "Quem teve a sorte de manter sua vida, leve-a embora consigo! Mas deixem os membros que perderam, pois eles agora me pertencem!" seria tão foda se não num filme do mesmo!?


Já é um habito meu dizer isso, mas, o filme não é para todos [e olha que este é a obra mais "pop" de Tarantino] pois não é todo mundo que consegue entender ou aceitar este tipo de "mundo" criado pelo diretor/roteirista, mesmo assim, recomendo sem pensar duas vezes.

PS: E que trilha sonora do caralho este filme hein!?

• UP - Altas aventuras [UP] - [Animação] - 2009 | 9,5/10

Por Ericson

Fico pasmo de como a cada filme a Pixar consegue humanizar cada vez mais suas animações. As interpretações de seus personagens conseguem ser mais crível e passar mais emoção do que muitos atores "reais".


O filme possui uma das melhores apresentações e construções de personagens que eu já vi, os 20 minutos iniciais são sensacionais! Fiz questão de assistir no cinema, já que muitos disseram ser superior a "Wall • e", o que duvidei muito, já que este para mim é um dos melhores - se não o melhor - filmes de animação computadorizada de todos os tempos. Mas o que interessa é: "UP" é mesmo melhor que "Wall•e"? Não. Eu diria que é equivalente, ou seja, é FODA, enquanto um inova e foca num romance e critica ambiental-mundial o outro resgata o espírito e inocência dos antigos filmes de animação [devo dizer que me senti assistindo a um verdadeiro clássico Disney], onde há sim elementos infantis, muitas cores e tudo mais, porém há duas coisas essenciais para ser algo diferenciado: não trata quem assiste - inclusive e principalmente as crianças - como seres estúpidos, e há de fato uma mensagem no filme, que já é transmitida desde seu título: "UP", sempre pra cima, sempre alegre.


Michael Giacchino fez um trabalho maravilhoso com a trilha sonora do filme, completando e alinhando perfeitamente com a trama. A dublagem nacional pra variar também se destaca pela sua competência e trabalho bem realizado. Diga-se de passagem, Chico Anysio fez um ótimo trabalho dublando o velho CarlFredricksen.


Se você está lendo isso e o filme ainda está em cartaz, não perca tempo e vá sem medo. Agora, se o filme já saiu de cartaz, está esperando o que pra alugar ou comprar o filme [original, por favor]? Não seja mais um ignorante achando que animação é coisa de criança, como um grupinho de estudantes na qual estava [infelizmente] na mesma sessão que eu, que apenas reclamavam, e quando foi perguntado para um deles ao término do filme se havia gostado, ficou visivelmente envergonhado de dizer que sim. Qual o medo ou vergonha de dizer que um filme é bom? Só por que sua categoria é estereotipada por ser infantil? Pois saiba que infantil é quem ainda pensa assim.


Enfim, "UP" é altamente recomendável!

• Pagando bem, que mal tem? [Zack and Miri Make a Porno] - [Comédia] 2009 | 8/10

Por Ericson

Não há como negar, "Pagando bem, que mal tem?" é um filme com um contexto totalmente machista e politicamente incorreto [neste aspecto não chega a ser um "Borat", mas consegue ser bem incorreto]. Se você é daqueles que gosta de ambos os estilos ou simplesmente não se importa, é certo que saberá aproveitar o filme.

Seth Rogen e Elizabeth Banks estão excelentes em seus personagens, mas o destaque vai mesmo para o grande elenco de coadjuvantes, dentre eles: Brandon Routh [Superman Returns], Justin Long [Duro de Matar 4.0] e Craig Robinson [Ligeiramente grávidos], este último em especial, pois consegue roubar a cena quando presente.

Por mais machista, incorreto e até escatológico [e por que não, não é mesmo!?] que seja, o filme possui um contraponto que complementa, e muito para a trama: o romance. Há uma cena especifica na qual o personagem de Seth Rogen se declara e diz o que muitos homens[nerds em especial] provavelmente querem ou já quiseram dizer para alguém na vida. Com certeza isso foi feito de propósito pelo diretor, roteirista e nerd Kevin Smith.

Resumindo"Pagando bem, que mal tem?" é um filme que provavelmente poucos entendam, entendam que este é o estilo Kevin Smith de ser, ou seja, basta desligar seu cérebro e aproveitar ... ou não!