Crítica dos filmes que assistimos no decorrer do ano, sejam eles inéditos [para nós], ou não!







terça-feira, 24 de agosto de 2010

• Onde Vivem os Monstros [Where The Wild Things Are] - [Aventura - Drama] 2009 | 9/10

Por Ericson

Me emocionou.


Adaptação do livro "Onde Vivem os Monstros" [Where The Wild Things Ar] de Maurice Sendak de 1963. Com suas poucas páginas, o livro consegue retratar bem a sensação de uma criança com relação á sentimentos que ainda não consegue descrever [não muito diferente de quem já é adulto, se for parar para pensar]. Só pelo fato do diretor Spike Jonze ter conseguido adaptar tão poucas páginas num longa-metragem é de se admirar, e por ter coseguido transpor ainda mais o sentimento do livro, é algo para bater palmas.



Após ser mandado para o quarto de castigo por se comportar mal, Max resolve fugir de casa, e acaba chegando numa ilha, onde vivem os monstros, lá ele é coroado rei e aos poucos se vê enfrentando situações no qual é fundamental atitudes maduras.



O filme se trata de nuances poderosas, como o amadurecimento e o amor, que se itensificam quando tudo isso é relatado pela visão simples e "ingênua" de uma criança através de sua imaginação [outra nuance forte retratada no filme], o que me lembrou bastante as tiras de Calvin & Haroldo de Bill Watterson.



A trilha sonora pontua o filme de maneira excelente, alias, ela ajudou para que o trailer se tornasse um dos melhores que eu já vi até hoje. Outra coisa que adorei no filme é que todos os monstros são animatrônicos [bonecos eletrônicos, aliás, o mesmo que criou e manipulou os bonecos de “Os Muppets”, Jim Henson] com apenas uma ou outra caracterização em CGI, dando mais realidade ao filme, tornando-o "palpável".


O filme não é para todos, fato, é necessário sensibilidade para conseguir captar, um pouco que seja, a mensagem do filme, por isso recomendo que o assista com calma, mente e coração aberto.

domingo, 15 de agosto de 2010

• Colateral [Collateral] - [Policial - Suspense] 2004 | 7/10

Por Ericson
Cumpriu o que me prometeu, e isso significa algo!


Michael Mann [Inimigo Público], o diretor, é famoso pela forma de dirigir seus filmes, um estilo praticamente documental, sempre dando um quê de realidade, querendo mostrar que aqueles personagens podem mesmo ser "reais", facilitando uma interação e identificação do publico.


O filme conta a história de Max [Jamie Foxx], um taxista que está no ramo à um bom tempo e não vê a hora de ter seu próprio negócio e sair da rotina de ter que ouvir passageiros reclamando de suas vidas infames, afinal, já basta a dele próprio. Até que um dia como outro qualquer, aparece Vincet [Tom Cruise], apenas mais um passageiro, aparentemente. Max descobre que Vicent é um assassino e sem querer acaba fazendo parte de uma cadeia de crimes, tornando- se refém. Durante a trama diálogos excelentes são travados pelos protagonistas, destacando bastante o caráter de cada um de forma tão convincente que você não tira a razão de nenhum dos dois.


As tomadas aéreas são excelentes, mostrando que aquele é -aparentemente- apenas mais um taxi numa noite normal em L.A., enquanto quem acompanha a história sabe que não é. Alguns clichês tiram você um pouco do filme em si, mas não é nada que vá estragar. Uma cena especifica do filme, a do lobo [quem assistiu ou for assistir vai entender], não me fez sentido de momento, mas parando pra pensar mais na trama, ela não foi tão aleatória assim. Ela foi o inicio do clímax do filme, onde por alguns segundos os protagonistas -e o espectador- param pra refletir sobre tudo que aconteceu até o momento, mas isso tudo de uma maneira muito sutil.


Enfim, não é o melhor filme de Michael Mann, mas é uma excelente oportunidade de ver Tom Cruise, boa pinta como sempre, mas de uma maneira diferente e Jamie Foxx dando um show de interpretação, como de praxe quando levado a sério. Recomendo.